segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AS BENÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA – LIÇÃO 05

TEXTO ÁUREO“Bendito Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais  nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nEle antes da fundação Do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor”  (Ef 1.3,4).

VERDADE PRÁTICA: Se observarmos a Palavra de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade: a comunhão plena, em Cristo, com o Pai Celeste.

LEITURA EM CLASSE: Gálatas 3. 2-9

Introdução
 Hoje estudaremos as bênçãos prometidas por Deus especificamente a Israel. E depois as que destinou a igreja. Descobriremos que através de Cristo, receberemos todos os  benefícios de conhecer a Deus – fomos escolhidos para receber a salvação, perdoados e depois adotados como seus filhos, recebemos os dons do Espírito Santo, o poder de fazer a vontade divina e a esperança da vida eterna com Cristo. É isto que o apóstolo Paulo quer dizer quando diz “o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.


I.              ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BENÇÃO

1.    O alcance individual da benção
Na Palavra de Deus nós descobrimos que Deus trata com pessoas e não somente com nações. Nós iremos aprender isso com Abraão, quando Deus o chamou em Ur dos Caudeus, ele não saiu de sua terra com expectativas materiais e financeiras, mas saiu pra cumprir a vontade divina. Por sua obediência a Palavra de Deus, Ele o abençoou com bens materiais, em Gênesis 24. 35 nos diz: “O Senhor abençoou muito o meu senhor, de maneira que foi engrandecido; e deu-lhes ovelhas e vacas, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentas”.


2.    O alcance social das bênçãos
A vida de Abraão foi cheia de fé. Por ordem de Deus, ele saiu de sua casa e foi para outra terra – obedecendo sem questionar. A promessa de Deus a Abraão revela que, desde os primórdio da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações. Em Gênesis 12. 03 diz: “Em ti serão benditas todas as nações da terra”. Aqui nós entendemos que a través da obediência de Abraão, todas as nações seriam abençoadas com a salvação em Cristo Jesus. Em Gálatas 3. 08,09 nos diz: “Ora, tendo as escrituras previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: todas a nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão”.


II.            ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BENÇÃO

1.    O alcance geográfico da benção
Como povo Israel precisava de uma terra para habitar, por isso Deus disse a Abraão que faria dele uma grande nação, e daria a terra de Canaã como herança perpétua a ele e seus descendentes. Abraão partiu em direção à promessa de Deus, para um futuro de bênçãos.


2.    O alcance político das bênçãos
Israel estava localizada em um meio hostil, por isso, dependia da guarda divina. Como propriedade particular de Deus, Israel veio a ser respeitada e temida. A Palavra de Deus nos diz: “E todos os povos da terra verão que és chamada pelo nome do Senhor e terão temor de ti’.


3.    O alcance global das bênçãos
Em Gálatas 3. 8 nós aprendemos que os verdadeiros filhos de Abraão são aqueles que tem fé, o próprio Abraão foi salvo pela fé, a Palavra de Deus em Gênesis 15. 06 nos diz: “Abraão creu no Senhor, e foi lhe imputado isso por justiça”. O termo “crer” aqui, significa perseverar confiando e crendo, Abraão era um homem dedicado a Deus, sempre confiante, obediente e submisso. A promessa feita a Abraão se referia a salvação gratuitamente oferecida por Jesus a todos os povos. Em Gênesis 12. 03, Deus disse a Abraão “Em ti serão benditas todas as famílias das terra”. Entendemos que desde o princípio da criação, o plano de Deus para salvação tem sido global e vemos isso ao longo do Antigo Testamento, indivíduos e nações que abençoaram os descendentes de Abraão foram abençoados por Deus; aqueles que o perseguiram sofreram as maldições de Deus. Por conseguinte, a benção da salvação não era apenas para a posteridade de Abraão, mas também para todos os povos. Acredito que as bençãos destinadas a Israel  eram exclusivas, mas também acredito que somos alvos da bondade eterna de Deus e como Israel, somos também abençoados.
  

III.           A IGREJA E O APSECTO UNIVERSAL DA BENÇÃO

1.    Transitório versus eterno
Aqui nós entendemos que, o que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova Aliança. No Antigo Pacto era transitória, passageiro no Novo Pacto é permanente. A Antiga Aliança era mera sombra de coisas superiores por vir. Como tal, não possuía em si mesma a substância da vontade de Deus, que é eterna e celestial. Por conseguinte, a sua natureza era limitada em vários aspectos. Não só se restringia a um povo em particular, a nação de Israel, como era regulada pela condição de duas partes, Deus e o povo. Além disso, tal aliança, limitada a um tempo, era terrena, não possuindo o poder de aperfeiçoar os que nela confiavam. E, por todos esses motivos, diz-se que a aliança do Sinai era imperfeita. A Lei era maravilhosa porque , embora nos condenasse, apontava para Cristo. Com o Novo Pacto, No entanto, a Lei e a promessa são cumprida. Cristo veio. Pela fé podemos ser justificados diante de Deus.


2.    Material versus espiritual
As bênçãos da Antiga Aliança incluíam bois, jumentos, ovelhas, prata e ouro. As da Nova Aliança fazem referência a justificação Gálatas 2. 16, 21; ao dom do Espírito Santo, Gálatas 3, 2; a herança espiritual de filhos de Deus Romanos 8. 2. Essas bênçãos são exclusivas para os crentes do Novo Pacto. O Novo Pacto e o melhor caminho é a aliança da graça – a oferta de Cristo para perdoar os nossos pecados e nos levar a Deus através de sua morte sacrificial. Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas. O Pai Celestial já nos abençoou e já nos deu toda sorte de bênçãos (Ef 1.3). Estas bênçãos chegam até nós por meio de Cristo Jesus e são aplicadas em nós pelo Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo as bênçãos espirituais passam a ser realidade na vida dos filhos de Deus.  


3.    Pobreza e riqueza
O Novo testamento não condena a posse de bens materiais e o gozo de plena saúde, em 3 João 2 nós encontramos João preocupado com o bem estar físico e espiritual  de Gaio. E aqui nós descobrimos que Deus está preocupado tanto com o nosso corpo como nossa alma e como crente devemos cuidar da nossas necessidades físicas e da disciplina do nosso corpo, de forma que venhamos estar bem para servir a Deus. Não se deve esquecer que na igreja à irmãos carentes e enfermos (1 Tm 5. 23; 2 Tm 4. 20). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados. Ao revelar a sua lei aos israelitas, mostrou-lhe também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio de povo (Dt 15. 7-11). Declarou-lhes, em seguida o seu alvo global: Somente para que entre ti não haja pobre; pois o Senhor abundantemente te abençoará na terra que o Senhor, teu Deus te dará por herança, para a possuíres" (Dt 15. 4) . O crente tem o dever de preocupar-se com o social, especialmente com os domésticos na fé (Gl 6.10) [Paulo de fato diz para ajudar “a todos.” Quando ele diz “especialmente” ou “principalmente” é com ênfase, mas não exclusividade]. Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica.

Conclusão
Nós cristãos um dia gozaremos de todos os privilégios especiais de nossa cidade celestial porque pertencemos a Cristo. Não devemos nos prender tanto a esta vida. Jesus nos advertiu em Mateus 6. 21 “Porque onde estiver o vosso tesouro, ai estará também o vosso coração” Por esse motivo, coloquemos o Senhor Jesus sempre em primeiro lugar. "Mais a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3. 20).Embora o crente sendo cidadão de uma pátria terrena, eles têm uma   cidadania maior e realmente somos estrangeiros nesse mundo. Portanto, permitamos que a Palavra seja um guia parta compreendermos a vontade de Deus no aspecto da prosperidade. Não sejamos tolos, a Bíblia diz: 'sim, podemos ter riquezas'. Mas Ele também afirma 'não', 'não confie nelas'!  Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso advertiu: "Porque onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração" (Mt 6. 21)

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