sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO - LIÇÃO 04



           I-   A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA.

     1.    Prosperidade e consumo
Enquanto os tais doutores encorajavam o consumo e o acúmulo de bens materiais, o Senhor Jesus e seus apóstolos até desencorajam tal idéia:
Mateus 6. 19
Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam.  Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”

1 Tm 6. 8-10 “tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”

Sucesso e consumo são termos que definem o que se considera hoje prosperidade, todavia é importante ressaltar; a prosperidade de acordo com o ensino apostólico, não significa realização material, mas o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus. A bíblia incentiva a perda desses bens:

Fp 3. 7,8, “sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo,”

Lc 18. 22, “Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me.”

Lc 19. 2,8, “2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era rico.
                   8 Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado.”

                   2.    Prosperidade e futuridade
A bíblia nos exorta a não confiar nas riquezas:
1 Tm 6. 19, “manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos;”

A não acumular riquezas:
Mt 6. 19, “Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;”

Se colocarmos o coração nos bens materiais, certamente cairemos na tentação da cobiça:
1 Tm 6. 9,10, ”Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”

Tiago diz que, a confiança nos bens terrenos conduz a opressão e ao engano:
Tg 2.6; 5. 4, “Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não são os ricos os que vos oprimem e os que vos arrastam aos tribunais?
Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos.”


II-  A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER

1.    Tesouro na terra.
O Novo Testamento nos adverte quanto ao perigo da inversão dos valores eternos
Lc 12. 13-21, “Disse-lhe alguém dentre a multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparte comigo a herança. Mas ele lhe respondeu: Homem, quem me constituiu a mim juiz ou repartidor entre vós?  E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui. Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”

2.    Tesouros no céu
Acreditava-se que a riqueza era evidência de salvação! Jesus prontamente corrigiu essa idéia em Lucas 12. 15 “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”
Não se esqueça, Cristo deve ser buscado e almejado, porque nEle estão todos os verdadeiros tesouros e riquezas.


III-   A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA

1.    Uma Igreja com diferentes classes sociais.
Quando a igreja teve início, pessoas de todas as classes sociais agregaram-se a nova fé, em Atos 6. 7, “E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé.”

2.    Não esquecer dos pobres.
Os cuidados com os menos favorecidos é um dever da igreja. Gálatas 2.10 “recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres; o que também procurei fazer com diligência.”
Paulo aqui está falando de uma orientação dada por Pedro, Tiago e João. Assim orientado, Paulo iniciou uma campanha para arrecadar donativos para os crentes pobres de Jerusalém. As igrejas gentias generosamente responderam ao apelo do apóstolo. Em Romanos 15. 26 diz: ”Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.” 



Bem aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia mal” (Sl 41. 1).
Fé e obras se completam inseparavelmente na vida daqueles que vivem para Jesus.
Atender ao pobre nas suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23. 22; Dt 15. 11; Sl 41. 1; 82. 3; At 11. 28-30; Gl 2. 10). A missão assistencial da igreja no mundo é a continuação da obra iniciada por Jesus. Assim como Jesus jamais se esqueceu dos pobres, a igreja não deve desprezá-los (Lc 4. 18, 19). O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento das pessoas necessitadas. Ver Mt 25. 35-40; Jo 13. 14, 15).
Ação Social é a ação que busca eliminar as causas das necessidades humanas. Em Dt 15. 10, 11, é uma das referências no AT que fala sobre o nosso dever de ajudar, socorrer os necessitados. Devemos atender o pedinte (Dt 15. 7-10) e ao carente de víveres para sua sobrevivência (Sl 135. 15). A justiça social ordenada por Deus determina que os ricos não desprezem os pobres (Dt 15. 7-11), e que os estrangeiros, as viúvas e os órfãos fossem atendidos em suas necessidades (Êx 22. 22; Dt 10. 18; 14. 29).
No NT nós encontramos referências que falam a respeito do nosso dever de ajudar os necessitados em Mt 26. 11; Gl 2. 10, aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, encarcerados bem como os incapazes de retribuir quaisquer favores recebidos (Lc 15. 13, 14). Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina estava passando por vários problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6. 26). É justamente neste contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva (At 2. 43-46; 6.1; Rm 15. 25-27; 1 Co 16. 1-4; 2 Co 8; 9; Gl 2. 9; Fl 4. 18, 19).
A igreja primitiva cumpria sua missão social (2 Co 8. 3, 4; 9. 13). A igreja não apenas pregava o evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material (Gl 2. 9, 10). Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da igreja:            
      a) Mutualidade – isto é, ser generosa, recíproca, solidária;
      b) Responsabilidade – trata-se de privilégio e não obrigação (2 Co 8. 4; 9. 7);
      c) Proporcionalidade – contribuição de acordo com as possibilidades individuais (2 Co 9. 6,7                            A missão da igreja inclui não somente a proclamação do evangelho, mas também a assistência aos pobres, a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos pelo Diabo. Agora responda:  Será que isso se encerrou nos tempos apostólicos ou serve para nós ainda hoje? é um caso a se pensar. sua igreja é assim?

Conclusão
Quando somos bem sucedidos, não devemos confiar no sucesso, mas acreditar em Deus, que nos concedeu os talentos; permanecer humildes, honestos e dependentes; saber que, por alguma razão, recebemos um dever sagrado; não depender de títulos, influências, dinheiro ou posição; confiar diariamente no Criador e saber que, tenhamos muito ou pouco, o seu amor por nós jamais mudará. Ele não se impressiona com riqueza, educação ou poder. O que o impressiona é a nossa confiança sincera nEle.


 Fonte: Lições Bíblicas da Escola Dominical
Márcio Andrade

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