quarta-feira, 10 de outubro de 2012

TEMA: O QUE PODEMOS APRENDER COM OS ERROS DE JONAS



Texto: Jonas cap. 1 a 4

Introdução: Jonas foi uma profeta do Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II. Foi chamado por Deus para advertir a Nínive concernente ao juízo divino que estava preste a se abater sobre ela em consequência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral. Israel odiava os assírios, e os considerava uma grande ameaça a sua sobrevivência. Jonas tinha consciência de que a grande ameaça para Israel era a Assíria.  


I.            QUANDO DEUS FALA, FUGIR É PERIGOSO
1.    Quando é Deus quem está falando, Ele é claro e muitas vezes detalhista. "Veio a Palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:..." Aqui Deus deixa bem claro a Jonas sobre o que Ele queria que ele realizasse. (Jn. 1.1) Neste caso Ele deu o endereço, a mensagem e disse o  porquê.

Há uma grande diferença entre a resposta de Jonas e a de Abraão ouvir a ordem do Senhor... Em Gn. 22.2 disse o Senhor para Abraão: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de  Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi"... veja como ele responde no v.3: "Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou a lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera".

2. Mas em vez de ir para Nínive, Jonas rebelou-se e fugiu. Jonas fugiu da chamada divina, recusou-se a entregar a mensagem de Deus a Nínive, porque receava que seus habitantes se arrependessem e Deus os livrasse do juízo. O profeta não queria que Deus tivesse misericórdia de nenhuma nação, exceto Israel, e, sobretudo que tivesse compaixão da Assíria.
      Cristo vocacionou a igreja para cumprir uma tarefa maior do que a de Jonas – Ir por todo mundo, pregar o evangelho. O que eu tenho observado é que poucas igreja se interessam pela obra missionária, suas preocupações hoje são exclusivamente com as edificações do seu próprio reino no país onde atuam. A missão de Jonas era ir a Nínive, mas, em vez disso rebelou-se foi para Jope lá comprou uma passagem e foi para Társis.



II.        CRISE DE ORAÇÃO NA VIDA DE UM PROFETA
1.    O que pode acontecer quando não oramos? A crise de Jonas, antes de tudo foi "crise de oração". Por que a Bíblia insiste tanto para que oremos?
2.    Para Paulo orar não era uma opção, era uma questão vital, imprescindível, uma questão de sobrevivência: Para a Igreja de Tessalônica ele diz: "Orai sem cessar" (1 Ts. 5.17). Para a igreja de Roma, (Rm. 12.12) "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração"; para a igreja de Éfeso (Ef. 6.18) "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,".
3.    Jesus tinha uma disciplina rígida de oração: Ele começa seu ministério orando e jejuando 40 dias (Mt. 4) "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;". Em Mt. 14.23 está escrito: "E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte". Foi Ele quem disse: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mt 26.41).
4.    A igreja primitiva nasceu numa atmosfera de oração e cresceu nesta atmosfera (Atos 1:14; 2.42)
5.    Quando não oramos:
(1)  Em vez de responder pra Deus, "eis-me aqui..." dizemos, "não conta comigo" (Levantamos para fugir... v.3). Quando você não ora, está dizendo para Deus: "não conte comigo".
(2)  Perdemos o senso de direção e "pegamos barco errado". "...tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Tarsis;" (Mas não era o lugar indicado pelo Senhor). v.3 Ausência de oração é demonstração de insubmissão ao Senhor.
(3)  Deixamos de ser agente de benção para ser a "causa" do sofrimento dos que caminham, viajam, estão junto conosco. (Jn. 1.4,5). A desobediência de Jonas tirou a tranquilidade da viagem (grande tempestade), provocou um grande prejuízo financeiro (lançavam ao mar a carga que estava no navio).
(4)  Ausência de oração nos faz indiferentes, petrificados, insensíveis etc... "os marinheiros, cheios de medo, clamavam... lutavam para aliviar o peso. Jonas, porém, havia descido ao porão, se deitado e dormia profundamente". (Jn. 1.5). É terrível quando alguém ignora o que está acontecendo em sua família, com vizinhos, na empresa, na escola, na igreja e diz: "Não tenho nada a ver com isso... não me diz respeito... eu deito e durmo...". Jonas estava indiferente em relação a sua própria vida. "Tomai-me e lançai-me ao mar..." (1.12).
(5)  Nada mais terrível para um cristão do que ser repreendido pelo mundo. Jonas foi repreendido pelos pagãos (Jn. 1.6).
(6)  Quando não oramos, nossa vida se torna uma contradição, uma incoerência... Quando interrogamos Jonas, ele disse: "Temo ao Senhor... (1.9) isso não era o que se verificava no seu comportamento. Ausência de oração nos faz dizer uma coisa e viver outra. Diante do interrogatório justifica sua fé e temor, mas é uma fé e temor que não produzem oração.



III.       O QUE ACONTECE QUANDO ORAMOS:
1.    Jonas orou quando a única saída era orar (Jn. 2.1). Não espere para orar quando estiver no "ventre do peixe"... Na minha angústia, clamei ao Senhor (Jn. 2.2); ...do ventre do abismo, gritei... (Jn. 2.2). Quando desfalecia a alma ele se lembrou do Senhor (Jn. 2.7);
2.    A oração sincera faz com que Deus nos tire do "ventre do peixe"(Jn. 2.10)
3.    Quando oramos Deus volta a falar conosco dando-nos uma segunda oportunidade (Jn 3.1).
4.    A oração repele todo sentimento de insubmissão e nos faz servos obedientes... "Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, e segundo a palavra do Senhor". (Jn. 3.2). Toda insubmissão é resultado de uma vida pobre de oração. Não se engane, quando deixamos de orar o velho homem orgulhoso, soberbo, arrogante, presunçoso assume o domínio da nossa vida.
5.    Os resultados de tudo o que eu faço para Deus, depende do quanto eu levo a sério minha vida de oração. Nada acontece por acaso, o texto diz que Jonas pregou e os ninivitas creram e se arrependeram... (Jn. 3.5)


Conclusão: Mesmo quando nos encontramos em um lugar escuro e parece que ninguém nos ouve. Que estamos sozinhos e não há mais esperança. Podemos nos lembrar que existe um Deus que nos criou. Que comanda todas as coisas e ouve a nossa voz. Um Deus que se importa com cada detalhe de nossas vidas e está no controle, ainda que para nós não faça sentido. O Senhor conhece seu coração e quer te tirar do abismo. Jonas clamou a Senhor e Ele ouviu sua voz e o tirou daquele abismo. Não será diferente com você.


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