Texto: Jonas cap. 1 a 4
Introdução: Jonas foi uma profeta do Reino do Norte, durante o reinado de
Jeroboão II. Foi chamado por Deus para advertir a Nínive concernente ao juízo
divino que estava preste a se abater sobre ela em consequência de seus muitos
pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral.
Israel odiava os assírios, e os considerava uma grande ameaça a sua
sobrevivência. Jonas tinha consciência de que a grande ameaça para Israel era
a Assíria.
I. QUANDO
DEUS FALA, FUGIR É PERIGOSO
1. Quando é Deus quem
está falando, Ele é claro e muitas vezes detalhista. "Veio a
Palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:..."
Aqui Deus deixa bem claro a Jonas sobre o que Ele queria que ele realizasse.
(Jn. 1.1) Neste caso Ele deu o endereço, a mensagem e disse o porquê.
Há uma grande diferença entre a resposta de Jonas e
a de Abraão ouvir a ordem do Senhor... Em Gn. 22.2
disse o Senhor para Abraão: "Toma
agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra
de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas,
que eu te direi"... veja como ele responde no v.3: "Então se levantou Abraão pela manhã
de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque seu filho; e cortou a lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera".
2. Mas em vez de ir para Nínive, Jonas rebelou-se
e fugiu. Jonas
fugiu da chamada divina, recusou-se a entregar a mensagem de Deus a Nínive,
porque receava que seus habitantes se arrependessem e Deus os livrasse do
juízo. O profeta não queria que Deus tivesse misericórdia de nenhuma nação,
exceto Israel, e, sobretudo que tivesse compaixão da Assíria.
Cristo vocacionou a igreja para cumprir uma tarefa maior do que a de
Jonas – Ir por todo mundo, pregar o
evangelho. O que eu tenho observado é que poucas igreja se interessam
pela obra missionária, suas preocupações hoje são exclusivamente com as
edificações do seu próprio reino no país onde atuam. A missão de Jonas era ir
a Nínive, mas, em vez disso rebelou-se foi para Jope lá comprou uma passagem
e foi para Társis.
II. CRISE
DE ORAÇÃO NA VIDA DE UM PROFETA
1.
O que pode
acontecer quando não oramos? A crise de
Jonas, antes de tudo foi "crise de oração". Por que a Bíblia
insiste tanto para que oremos?
2. Para Paulo orar não era uma opção, era uma questão
vital, imprescindível, uma questão de
sobrevivência: Para a Igreja de Tessalônica ele diz: "Orai sem cessar" (1 Ts. 5.17). Para a igreja de Roma,
(Rm. 12.12) "Alegrai-vos na
esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração"; para
a igreja de Éfeso (Ef. 6.18) "Orando
em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com
toda a perseverança e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a
perseverança e súplica por todos os santos,".
3.
Jesus
tinha uma disciplina rígida de oração: Ele começa seu ministério orando e jejuando 40 dias
(Mt. 4) "E, tendo jejuado quarenta
dias e quarenta noites, depois teve fome;". Em Mt. 14.23 está
escrito: "E, despedida a multidão,
subiu ao monte para orar, à parte". Foi Ele quem disse: "Vigiai e orai, para que não entreis
em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca".
(Mt 26.41).
4. A igreja primitiva
nasceu numa atmosfera de oração e cresceu nesta atmosfera (Atos
1:14; 2.42)
5. Quando não oramos:
(1) Em
vez de responder pra Deus, "eis-me aqui..." dizemos, "não
conta comigo" (Levantamos para fugir... v.3). Quando você não
ora, está dizendo para Deus: "não conte comigo".
(2) Perdemos o senso de direção e
"pegamos barco errado". "...tendo descido a
Jope, achou um navio que ia para Tarsis;" (Mas não era
o lugar indicado pelo Senhor). v.3 Ausência de oração é demonstração de
insubmissão ao Senhor.
(3) Deixamos de ser agente de benção
para ser a "causa" do sofrimento dos que caminham, viajam, estão
junto conosco. (Jn. 1.4,5). A desobediência de Jonas tirou a
tranquilidade da viagem (grande tempestade), provocou um grande prejuízo
financeiro (lançavam ao mar a carga que estava no navio).
(4) Ausência de oração nos faz
indiferentes, petrificados, insensíveis etc... "os marinheiros,
cheios de medo, clamavam... lutavam para aliviar o peso. Jonas, porém, havia
descido ao porão, se deitado e dormia profundamente". (Jn. 1.5).
É terrível quando alguém ignora o que está acontecendo em sua família, com
vizinhos, na empresa, na escola, na igreja e diz: "Não tenho nada a ver
com isso... não me diz respeito... eu deito e durmo...". Jonas estava
indiferente em relação a sua própria vida. "Tomai-me e lançai-me ao
mar..." (1.12).
(5) Nada mais terrível para um cristão do
que ser repreendido pelo mundo. Jonas foi repreendido pelos pagãos (Jn. 1.6).
(6) Quando não oramos, nossa vida se
torna uma contradição, uma incoerência... Quando interrogamos Jonas, ele
disse: "Temo ao Senhor... (1.9) isso não era o que se verificava no seu
comportamento. Ausência de oração nos faz dizer uma coisa e viver outra.
Diante do interrogatório justifica sua fé e temor, mas é uma fé e temor que
não produzem oração.
III. O
QUE ACONTECE QUANDO ORAMOS:
1. Jonas orou quando a
única saída era orar (Jn. 2.1). Não espere para orar quando estiver
no "ventre do peixe"... Na minha angústia, clamei ao Senhor (Jn.
2.2); ...do ventre do abismo, gritei... (Jn. 2.2). Quando desfalecia a alma
ele se lembrou do Senhor (Jn. 2.7);
2. A oração sincera faz
com que Deus nos tire do "ventre do peixe"(Jn. 2.10)
3. Quando oramos Deus
volta a falar conosco dando-nos uma segunda oportunidade (Jn 3.1).
4. A oração repele todo
sentimento de insubmissão e nos faz servos obedientes... "Levantou-se,
pois, Jonas e foi a Nínive, e segundo a palavra do Senhor". (Jn. 3.2).
Toda insubmissão é resultado de uma vida pobre de oração. Não se engane,
quando deixamos de orar o velho homem orgulhoso, soberbo, arrogante,
presunçoso assume o domínio da nossa vida.
5. Os resultados de tudo
o que eu faço para Deus, depende do quanto eu levo a sério minha vida de
oração. Nada acontece por acaso, o texto diz que Jonas pregou e os
ninivitas creram e se arrependeram... (Jn. 3.5)
Conclusão: Mesmo
quando nos encontramos em um lugar escuro e parece que ninguém nos ouve. Que
estamos sozinhos e não há mais esperança. Podemos nos lembrar que existe um
Deus que nos criou. Que comanda todas as coisas e ouve a nossa voz. Um Deus
que se importa com cada detalhe de nossas vidas e está no controle,
ainda que para nós não faça sentido. O Senhor conhece seu coração e quer te
tirar do abismo. Jonas clamou a Senhor e Ele ouviu sua voz e o tirou daquele
abismo. Não será diferente com você.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
TEMA: O QUE PODEMOS APRENDER COM OS ERROS DE JONAS
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