TEXTO ÁREO: “A
riqueza e a glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão
há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo” (1 Cr 29. 12).
Palavra Chave: Trabalho, conjunto de atividades, produtivas
ou criativas, que o homem exerce para atingir um determinado fim.
Introdução: Não podemos formar
uma ideia correta da magnificência do templo e dos edifícios que o rodeavam, nos quais se usaram tais quantidades
de ouro e prata. Mas as inescrutáveis riquezas de Cristo excedem o
esplendor do templo, infinitamente mais do que aquele superava a barraca mais pobre da terra. Em lugar de
jactar-se de óbolos tão grandes, Davi agradeceu solenemente a Deus. Tudo o que eles deram para o templo do Senhor, era
dEle; se eles tentassem retê-lo, a
morte os teria eliminado prontamente. O único uso que podiam fazer disso,
para seu benefício real, era consagrá-lo ao serviço dAquele que o dera.
I.
CONFIANÇA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS
Deus tem muitas promessas para seu
povo. As mais significativas não se resumem aos bens materiais. O perdão do
pecado sempre será encontrado em companhia do verdadeiro conhecimento de Deus.
Note-se a liberdade deste perdão: sua plenitude, sua certeza. Esta misericórdia
que perdoa está conectada com todas as outras misericórdias espirituais: o
pecado sem perdoar estorva a misericórdia e acarreta juízos; porém, o perdão do
pecado impede o juízo, e abre uma ampla porta a todas as bênçãos espirituais. Perguntemo-nos
se somos ensinados pelo Espírito Santo a conhecer a Cristo, de modo que o amemos,
temamos, confiemos e obedeçamos retamente. Todas as vaidades do mundo, os privilégios
externos ou as puras noções religiosas esvaecerão logo, e deixarão aos que
confiaram nelas na eterna miséria.
O fundamento do ensino da suficiência
divina é que o Pai Celeste nos supre todas as necessidades. Em filipenses 4.
19, Paulo enfatiza o cuidado amoroso de Deus Pai pelos seus filhos. Ele suprirá
todas as nossas necessidades (materiais e espirituais) à medida que as
apresentarmos diante dEle. O suprimento das nossas necessidades vem por “Cristo
Jesus”. Somente em união com Cristo e na comunhão com Ele é que podemos
experimentar o provimento da parte de Deus.
II.
DEDICANDO-SE AO TRABALHO
O trabalho foi constituído por Deus
antes mesmo da queda de Adão e Eva (Gn 2.15) Aliás, o trabalho aparece na
Bíblia como algo útil necessário e nobre. O cristianismo não nos tira do trabalho
e dever de nossas vocações particulares, mas nos ensina a sermos diligentes. O
trabalho é necessário não apenas para suprir nossas necessidades mas também as
do nosso próximo. Em Atos 20. 34 nos diz: “Vós
mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo,
estas mãos me serviram”. Paulo era um fabricante de tentas e ganhava seu
sustento com este ofício. Ele não trabalhava para enriquecer, mas para não
depender de ninguém. Paulo sustentava tanto a si como aqueles que viajavam com
ele. Em estado próspero não sejamos orgulhosos nem nos sintamos seguros ou mundanos.
Esta é uma lição muito mais difícil que a outra, porque as tentações da
plenitude e da prosperidade são mais que as da aflição e a necessidade. O
apóstolo não tinha a intenção de movê-los a dar mais, senão exortá-los a uma
bondade que teria uma recompensa gloriosa além. Por meio de Cristo temos a
graça para fazer o que é bom, e por meio dEle devemos esperar a recompensa;
como temos todas as coisas por Ele, façamos todas as coisas por Ele e para Sua
glória.
III.
USANDO O DINHEIRO CONCIENTEMENTE
Embora o desejo de consumir seja
considerado algo normal, há uma diferença gritante entre consumo e consumismo. Se
o primeiro tem a ver com o suprimento de nossas necessidades básicas, o segundo
manifesta um impulso incontrolável de se ter, ou possuir, as coisas mesmo quando
essas não são necessárias. Administrar
Bem o dinheiro, atribuindo-lhe o seu
real valor, faz parte da verdadeira prosperidade. Paulo aconselhou Timóteo a
lidar com qualquer problemas potenciais ensinando que a posse da riqueza
acarreta uma grande responsabilidade. Aqueles que têm dinheiro devem ser
generosos, porém nunca arrogantes por terem muito para dar.
O Reino de Deus precisa de nosso apoio
para expandir-se até os confins da terra. Portanto, ainda que não sejamos
detentores de grandes posses, seremos considerados prósperos e bem-aventurados
se participarmos com nossos haveres do avanço da obra de Deus. Em Lucas 21. 1-4
nós encontramos um contraste como o modo como a maioria de nós administra o
dinheiro, aquela viúva deu tudo o que tinha, o próprio sustento. Quando nos
considerarmos generosos ao dar uma pequena porcentagem de nossa renda ao
Senhor, assemelhamo-nos àqueles que deram uma pequena parte do que sobrava.
Mas, nessa história, Jesus destacou a doação generosa e sacrifical. Como
cristãos, devemos considerar como podemos aumentar além da mera conveniência o que
ofertamos em dinheiro, tempo e talento.
Em 1 Co 9. 7 descobrimos que nossa
atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Não temos que nos
envergonhar se podermos dar apenas uma pequena contribuição. Deus está
interessado na maneira como ofertamos, a partir do recurso que temos. As igrejas
macedônias foram tão generosas que excederam este padrão, durante a terceira
viagem missionária de Paulo, ele recolheu uma oferta para os crentes
necessitados de Jerusalém. As igrejas da Macedônia - Filipos, Tessalônica e Beréia
– contribuíram, embora fossem pobres, e com sacrifício doaram mais do que Paulo
esperava. Embora não tivessem condições queriam ajudar. A quantia não é tão importante
quanto o motivo pelo qual ofertamos e o modo como o fazemos. Deus não quer que
ofertemos com má vontade. Antes, Ele quer que façamos como estas igrejas – por dedicação
a Cristo, amor aos companheiros crentes, pela alegria de ajudar aqueles que
necessitam, como também pelo fato de ser
simplesmente o melhor e o mais correto a fazer.
Conclusão:
A verdadeira
prosperidade fundamenta-se, antes de tudo, na providência de Deus. Pois Ele
capacita-nos a obter a necessária provisão para a nossa vida. A prosperidade
bíblica faz do cristão um autêntico despenseiro dos negócios de Deus. E, como
tal, estimula-o a usar de forma adequada aquilo que lhe foi confiado. Há uma
ação de Deus em abençoar-nos e uma resposta de nossa parte em reconhecer corretamente
os benefícios divinos. Que em tudo o Senhor seja glorificado!
Bibliografia: Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD), Lições Bíblicas da Escola Dominical (CPAD)
e Comentário Bíblico de Matthew Henry
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