quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS – LIÇÃO 0


Texto áureo: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito”


Palavra Chave
 barganha: tentar negociar ou trocar com Deus a fim de obter algum benefício.


Introdução: No coração de todos aqueles que receberam a salvação da parte de Cristo Jesus, flui a gratidão. Eles a expressam pelo seu amor, lealdade, vida santa, ação de graças e a firme determinação de obedecer ao Senhor. Nesta lição, veremos que o desejo de se barganhar com Deus é algo totalmente reprovável, pois contraria todos os princípios da Palavra de Deus.


Em Mateus 4. 1-11, nos fala da tentação de Jesus, nesta narrativa, dois agentes invisíveis preparam-se para um grande confronto. Enquanto o Espírito Santo transportava Jesus para o lugar da tentação, encontra-se já o adversário para tentar o Senhor. A tentação estava no propósito de Deus. O senhor muitas vezes permite que sejamos tentados para que o seu nome seja enaltecido e Satanás, derrotado. Para o nosso próprio bem somos submetidos a tentação, embora pareça-nos contraditório. Não foi, por acaso, o que aconteceu com Jó.


Poderia a segunda pessoa da Trindade ser tentada?  Como Filho do homem, Jesus tinha alma passível a tentação e corpo sujeito a fome e canseira. Afinal, assumira Ele a forma humana; revestira-se de carne para enfrentar batalhas, não para viver de forma contemplativa.
Nessa condição, o Senhor Jesus “como nós em tudo foi tentado” (Hb 4. 15). Na Palavra de Deus nós encontramos a história do patriarca Jó que não precisou barganhar com Deus para ser abençoado. O livro de Jô lida com a pergunta do século: “se Deus é justo e amoroso, por que permite que um homem justo tal como Jó, sofra tanto?” Sobre esse assunto o livro revela as seguintes verdades:

1.    Satanás, como adversário de Deus, teve a permissão para provar a autenticidade da fé de um homem justo, por meio da aflição, mas graças a Deus triunfou sobre o sofrimento, porque Jó permaneceu firme e constante na fé, mesmo quando não parecia ter qualquer proveito ser fiel  Deus.

2.    Deus lida com situações demais elevada para a plena compreensão da mente humana, Jó 37. 5 diz: “Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisa que nós não compreendemos”.

3.    A verdadeira base da fé acha-se, não nas bênçãos de Deus, nem em circunstâncias pessoais, nem em teses formuladas pelo intelecto, mas na revelação do próprio Deus.
4.    Deus, às vezes, permite que Satanás prove os justos mediante contra tempos, a fim de purificar sua fé e vida, assim como o ouro é refinado pelo fogo, em Jó 23. 10 diz: “Mas Ele sabe o meu caminho; prova-me, e serei como o ouro”. Tal provação resulta em uma maior integridade espiritual e humildade do povo (Jó 42. 1-10).

5.    Embora os métodos de Deus agir, às vezes, pareçam contraditórios e cruéis (conforme o próprio Jó pensava) ver-se-á, no fim, que Ele é plenamente compassivo e misericordioso. Tiago 5. 11 nos diz: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofrem. Ouviste qual foi a paciência de Jó e viste o fim que o Senhor lhe deu; Porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”. A palavra aqui “paciência” seria melhor interpretada por “perseverança” ou “resistência”. É perseverar em meio a todas as provações, sem perder a fé em Deus. Essa paciência brota de uma fé que triunfa até o fim entre sofrimento.


Conclusão: Não podemos cair na tentação de barganhar com Deus. Isto por uma razão bastante simples: nada temos de valor para propor uma troca e muito menos o direito de assim proceder. Isaias 64. 6 afirma que até os nossos mais exaltados atos de justiça não passam de trapos de imundícias diante dEle. Esta passagem não quer dizer que Deus nos rejeitará se nós formos até Ele com fé, nem que Ele despreza nossos esforços para agradá-lo. Na verdade, ela significa que se implorarmos a sua aprovação, baseado unicamente em nossa “boa” conduta, Deus responderá que a nossa justiça não é mais que trapo de imundos, quando comparada à sua infinita justiça. Esta passagem destina-se principalmente às pessoas que não se arrependem, e não aos seguidores de Deus.        

Márcio Andrade

BIBLIOGRAFIA: Lição EBD 1º Trimestre 2011 (CPAD), Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD).

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