“O Espírito do
Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a
curar os quebrantados de coração”. (Lc 4. 18).
Quando Jesus fez referência
a profecia de Isaias acerca do poder do Espírito Santa sobre Ele, usou a mesma
passagem para sintetizar o conteúdo de seu ministério, a saber: pregação, cura
e libertação. Ao ler esta passagem de Isaias 61 na sinagoga, interrompeu a
leitura no meio do versículo 2, após as palavras: “a apregoar o ano aceitável do Senhor”. Cerrando o rolo disse: “Hoje,
se cumpriu essa escritura em vossos ouvidos” (Lc 4. 21). A próxima frase, em
61. 2, “...o dia da vingança do nosso
Deus”, se cumprirá quando Jesus voltar a terra.
O Espírito Santo ungiu Jesus
e o capacitou para sua missão. Como homem, Ele dependia da ajuda e do poder do
Espírito Santo para cumprir sua responsabilidade diante de Deus. Somente como
homem ungido pelo Espírito Santo, Jesus podia viver, servir e proclamar o
Evangelho.
O Sermão do Monte, contém a
revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todos os cristãos
devem viver pela fé no filho de Deus. Em Gálatas 2. 20 o apóstolo Paulo nos
diz: “...e a vida que vivo agora vivo na
carne vivo-a na fé do Filho de Deus; ao qual me amou e se entregou a si mesmo
por mim”. Todos nós, que pertencemos ao Reino de Deus, devemos ter uma
intensa fome e sede de justiça de que trata este sermão de Cristo.
A palavra “bem-aventurado”
refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e
sua palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a salvação e a sua presença
diária. Para receber as bênçãos divinas devemos viver segundo os padrões
revelados por Deus nas escrituras, e nunca pelo mundo.
1. Pobre de Espírito (Mt 5. 3).
Aqui
significa reconhecermos que não temos qualquer auto-suficiência espiritual; que
dependemos da vida do Espírito; do poder e graça divinos para podermos herdar o
Reino de Deus. Neste contexto, pobre é o que tem uma carência espiritual! Por conseguinte é aquele que
reconhece suas verdadeiras necessidades espirituais. E por isso almeja um
relacionamento mais profundo com Deus.
2. Os que Choram (Mt 5. 4).
Chora
aqui é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas
quando nos medimos com o padrão divino de justiça. Descobrimos que, o consolo
certamente virá.
3. Os Mansos (Mt 5. 5).
São
os humildes e submissos diante de Deus. Acham nEle o seu refúgio e lhe
consagram todo o seu ser. Preocupam-se mais com a Obra de Deus e o povo de Deus
do que com aquilo que lhes possam acontecer pessoalmente. O manso apesar de
injustiçado, não procura a própria vingança, mas confia em Deus com seu legítimo
defensor.
4. Fome e Sede de Justiça (Mt 5. 6).
A
condição fundamental parta ter uma vida santa em todos os aspectos é ter “fome e sede de justiça”. Tal fome é
vista em Moisés (Êx 33. 13, 18), em Davi (Sl 42. 1, 2; 63. 1, 2) e no apóstolo
Paulo (Fp 3. 8-10). O verdadeiramente prospero são aqueles que demonstram um
forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente. A verdadeira
prosperidade só é alcançada com a instauração do Reino de Deus.
5. Os Misericordiosos (Mt 5. 7).
Estão
cheio de compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou aflições.
Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à Graça
de Deus por meio de Cristo. O misericordioso, tem um coração não somente perdoador,
mas disposto a socorrer os que passam necessidades. Ele sempre abrirá a mão e o
coração àquele que precisa de um socorro material.
6. Os limpos de Coração (Mt 5. 8).
São
os que foram libertos do poder do pecado mediante a graça de Deus. Isto se
refere ao homem que se acha limpo e isento de culpa. O apóstolo Paulo em
Filipenses 4. 8 nos diz: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, Tudo o que é honesto, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma
virtude, se há algum louvor, nisso pensai”.
7. Os Pacificadores (Mt 5. 9).
São
os que se reconciliaram com Deus. Tem paz com Ele mediante a cruz. Os
pacificadores não só amam a paz, mas encontram-se comprometidos com o processo
que ela conduz. Em Hebreus 12. 14 nos diz: “Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá a Deus”.
8. Perseguidos Por Causa da Justiça (Mt 5.
10).
Todos
que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor a justiça sofrerão
perseguição, aquele que conserva os padrões divinos de verdade, da justiça e da
pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam transigir com a presente sociedade
pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos, sofrerão impopularidade,
rejeição e crítica. O mundo lhes moverá perseguição e oposição.
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